PBH/SMED na Década dos Afrodescendentes - Educação Infantil

PBH/SMED na Década dos Afrodescendentes - 2015 a 2024

A Assembleia Geral da ONU, por meio de sua Resolução nº. 68/237, de 23 de dezembro de 2013, proclamou a Década Internacional dos Afrodescendentes, com início em 1º de janeiro de 2015 e fim em 31 de dezembro de 2024, e com o tema: “Afrodescendentes: reconhecimento, justiça e desenvolvimento”.

O principal objetivo da Década consiste em promover o respeito, a proteção e a realização de todos os direitos humanos e liberdades fundamentais dos afrodescendentes, como reconhecidos na Declaração Universal dos Direitos Humanos.

A Década será uma oportunidade para se reconhecer a contribuição significativa feita pelos afrodescendentes às nossas sociedades, bem como propor medidas concretas para promover sua inclusão total e combater todas as formas de racismo, discriminação racial, xenofobia e qualquer tipo de intolerância relacionada.

Educação Infantil e Relações Étnico-Raciais



De acordo com o Plano Nacional de Implementação da Lei n° 10.639/2003, 
o papel da educação infantil é significativo para o desenvolvimento humano, para a formação da personalidade e aprendizagem. Nos primeiros anos de vida, os espaços coletivos educacionais os quais a criança pequena frequenta são privilegiados para promover a eliminação de toda e qualquer forma de preconceito, discriminação e racismo. As crianças deverão ser estimuladas desde muito pequenas a se envolverem em atividades que conheçam, reconheçam, valorizem a importância dos diferentes grupos étnico-raciais na construção da história e da cultura brasileiras (BRASIL. MEC, 2003). 

“O papel da professora e do professor da educação infantil nesse processo é importantíssimo. A esses profissionais cabe a realização de práticas pedagógicas que objetivem ampliar o universo sociocultural das crianças e introduzi-las em um contexto no qual o educar e o cuidar não omitam a diversidade. Desde muito cedo, podemos ser educados a reconhecer a diferença como um trunfo e a diversidade como algo fascinante em nossa aventura humana. Desde muito cedo, podemos aprender e conhecer diferentes realidades e compreender que a experiência social do mundo é muito maior do que a nossa experiência local, e que esse mesmo mundo é constituído e formado por civilizações, histórias, grupos sociais e etnias ou raças diversas. É também bem cedo em sua formação que as crianças podem ser reeducadas a lidar com os preconceitos aprendidos no ambiente familiar e nas relações sociais mais amplas. 

Essas mesmas crianças têm o direito de ser e se sentir acolhidas e respeitadas nas suas diferenças, como sujeitos de direitos. Sua corporeidade, estética, religião, gênero, raça/etnia ou deficiência deverão ser respeitadas, não por um apelo moral, assistencialista ou religioso, mas sim porque essa é a postura esperada da sociedade e da escola democrática que zelam pela sua infância. Por isso, as ações e o currículo da educação infantil deverão se indagar sobre qual tem sido o trato pedagógico dado às crianças negras, brancas e de outros grupos étnico-raciais, bem como a suas famílias e histórias.

Não se trata de uma postura individual, mas de uma prática coletiva. Sendo assim, as instituições que ofertam a educação infantil deverão analisar criticamente, sob a perspectiva da diversidade, o material didático selecionado, os brinquedos, a ornamentação das salas, as brincadeiras, as cantigas, a relação entre os professores e as crianças, e entre as próprias crianças, e indagar: as crianças têm sido pedagogicamente tratadas de forma digna? A presença negra – componente importante da nossa formação social e histórica – se faz presente na educação das crianças de 0 a 3 e de 4 a 5 anos? Como? 

Essas perguntas se aplicam a todo e qualquer professor da educação infantil, quer os que trabalham com crianças dos meios populares, quer os que atuam em instituições particulares de ensino. É sempre bom lembrar que não é preciso ter a presença física da população negra entre nós para aprendermos e sabermos respeitá-la. O respeito à diferença não deve acontecer apenas no momento em que entramos em contato direto com o dito “diferente”. Ele deve ser um princípio, um eixo norteador de todo e qualquer currículo, ação pedagógica e prática social. “

Fonte: “História e cultura africana e afro-brasileira na educação infantil” - http://etnicoracial.mec.gov.br/images/pdf/publicacoes/Histria%20e%20cultura%20africana%20e%20afro-brasileira%20na%20educao%20infantil.pdf - Acessado em 15 de julho de 2015



PBH/SMED na Década dos Afrodescendentes - 2015 a 2024

Temporada FAN 
Programação





Agosto


Literatura Afro-brasileira na Educação Infantil - 26/08 

Público alvo - Profissionais da rede própria e conveniada.
Local - SMED/Auditório Paulo Freire
Horário - 18h30 a 21h

Para se inscrever, clique aqui.

Dia D'Dengos e Cafunés - 25/08
Local - Em todas as instituições de Educação Infantil
Horário - O dia todo

Encontro Rede Educar para a Igualdade Étnico-racial na Educação Infantil - Grupo de BH - 29/08

Público alvo - Profissionais da rede própria e conveniada.
Local - SMED/Auditório Paulo Freire
Horário - 9 a13h
Para se inscrever, clique aqui.


Agosto, setembro, outubro novembro
Diálogos Crespos
Agenda em construção

Novembro
Festival de Arte Negra/2015
Programação em construção



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